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Em Joinville-SC


13/10/2015 | 08h31

Bebê morre no parto e família acusa maternidade de negligência em Joinville

Bebê morre no parto e família acusa maternidade de negligência em Joinville Claudia Baartsch/Agencia RBS
Maternidade Darcy Vargas é reconhecida pelo grande número de partos normais Foto: Claudia Baartsch / Agencia RBS

De acordo com familiares, maternidade teria adiado demais a cesariana na tentativa de realizar o parto normal, causando a morte do bebê.
Após 41 semanas de uma gestação saudável e sem problemas aparentes, a pequena Isabela deveria ter nascido neste domingo em Joinville, na Maternidade Darcy Vargas. Seus pais, Gabriela e Jadison, aguardavam com ansiedade o nascimento da criança, e a internação, no domingo, marcaria o fim do nervosismo e o começo de uma nova e frágil vida. 

Mas a pequena Isabela nunca abriu os olhos. Um último check-up da equipe médica mostrou que o coração do bebê havia parado de bater, forçando uma cesariana de emergência. Isabela veio ao mundo, mas já sem vida. A família e os amigos, que acompanharam cada passo da gestação, dividiram com os pais da criança o choque da notícia. 

— Todos os exames básicos do pré-natal foram feitos e indicavam uma criança saudável até o último minuto. O problema foi que a equipe médica forçou um parto normal até o último momento, e só fizeram a cesariana quando o coração dela parou de bater — explicou o primo e amigo do casal, Cleiton Coradelli.

A maternidade Darcy Vargas é reconhecida pelo grande número de partos normais, e de acordo com familiares de Gabriela e Jadison, a insistência do hospital pelo parto induzido foi a causa da morte de Isabela, pois a mãe não possuia dilatação suficiente para o nascimento do bebê.

No final da noite desta segunda-feira, a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR) de Joinville, responsável pela administração da Darcy Vargas, divulgou umcomunicado oficial sobre a morte do bebê. De acordo com a nota, a maternidade vai ouvir nesta terça-feira pela manhã a equipe técnica, os dois médicos e enfermeiros que atenderam Gabriela. Também será feita avaliação do prontuário médico. 

— É preciso aguardar o resultado do exame de anatomopatológico da placenta para saber das causas reais da morte de recém-nascido, além do resultado da necropsia. Depois disso será possível dizer se houve ou não erro ético de imprudência, negligencia ou imperícia — explica.



O diretor da maternidade, Fernando Marques Pereira, explicou que apesar do grande número de partos que a unidade realiza mensalmente, uma morte como a de Isabela sempre deixa toda a equipe abalada.

— Nós temos procedimentos bem coordenados e específicos aqui dentro. Quando se faz essa indução e o trabalho de parto não evolui conforme o esperado, indicamos a cesariana. Mas a decisão é do médico responsável, por isso é necessário escutarmos os envolvidos e apurar os fatos.

Fernando explicou que caso o erro médico seja constatado nos próximos dias, a maternidade abre uma sindicância interna que deve submeter um laudo final ao Conselho Regional de Medicina (CRM), que é o órgão competente para julgar situações como esta.

13/10/15

Direção de maternidade em Joinville onde bebê morreu durante o parto, rebate as acusações da família

Pais da criança afirmam que houve erro médico, diretor da maternidade garante que o atendimento foi normal.Na manhã de desta terça-feira (13), o médico e diretor da maternidade, Fernando Marques Pereira, se reuniu com a equipe médica que estava no hospital domingo para apurar o que aconteceu. 
De acordo com ele, Gabriela foi atendida normalmente. “Ela foi inserida dentro de um protocolo de de maturidade do feto. Dentro do que se pode apurar,não tem como dizer que houve erro médico”,disse Pereira. Diretor da unidade.

De um lado, a família alega que a maternidade agiu desta forma porque evita ao máximo fazer cesarianas para não perder o título de maternidade com parto humanizado. Do outro, a direção da unidade que controle o número de procedimentos do tipo. “Quem determina se uma cesariana precisa acontecer ou não é o médico”, disse Fernando Marques Pereira. 

Na unidade que tem 68 anos de atuação, das 4.738 crianças que nasceram de janeiro a setembro deste ano vieram a óbito 13. Entre as causas, prematuridade, má formação fetal, problemas na placenta entre outros.

15/10/2015

Após morte de bebê, família alega negligência médica e faz protesto em Joinville

De acordo com familiares, Isabela teria morrido por maternidade ter adiado a cesárea na tentativa de induzir ao parto normal

Após morte de bebê, família alega negligência médica e faz protesto em Joinville Leonardo Coradelli/Arquivo Pessoal
Familiares, amigos e moradores protestaram na noite da última quarta-feira em Joinville Foto: Leonardo Coradelli / Arquivo Pessoal

Cerca de 70 pontos brancos circularam ao redor da Maternidade Darcy Vargas deJoinville, na noite da última quarta-feira. Familiares, amigos e moradores vestiam camisas brancas, levavam faixas e, em silêncio, caminharam pelas ruas Miguel Couto, Plácido Gomes, Pedro Mayerle e Plácido Olímpio de Oliveira, por volta das 20 horas.


Os familiares da pequena Isabela organizaram um protesto pela internet. O motivo, de acordo com o bisavô da bebê, Leonardo Coradelli, é pedindo por paz e mais atenção e cuidado médico nos partos realizados pela maternidade. Gabriela Coradelli, mãe de Isabela, teve o parto induzido por medicamento no último domingo, mas durante a espera a criança morreu.

- A Gabriela sofreu tanto no domingo. Ela fez tudo certinho, em 15 em 15 dias fazia o acompanhamento médico e no domingo esperou desde de manhã a médica realizar a cesárea somente a noite, para então descobrir que a menina estava morta. Foi sofrimento de mais - conta Coradelli.



Além dos familiares e amigos, estavam presentes no protesto também outras mães que sofreram na espera do parto normal na maternidade. Gabriela teve alta da maternidade na manhã da última quarta-feira, não compareceu ao protesto.

- Queremos saber logo o resultado da necropsia e que o caso da minha bisneta sirva de exemplo para que os procedimentos da maternidade mude. Estão judiando das mães joinvilenses - pede.

CONTRAPONTO

 O diretor da maternidade, Fernando Marques Pereira, afirmou que é preciso aguardar o resultado do exame de anatomopatológico da placenta para saber das causas reais da morte de Isabela e também o resultado da necropsia. A previsão é até semana que vem o resultado esteja pronto, para saber se houve erro ético de negligência. 


- Nós da maternidade também estamos apreensivos e todos os envolvidos já foram ouvidos. Após o resultado da necropsia, se for comprovado negligência médica abriremos uma sindicância ao CRM (Conselho Regional de Medicina) - diz.






10/03/2014 

Mães questionam mortes de recém-nascidos em maternidade de Joinville

Manifestação na Darcy Vargas aconteceu nesta segunda-feira e teve relatos emocionantes de mulheres que se dizem prejudicadas pela forma de atendimento no local


Mães questionam mortes de recém-nascidos em maternidade de Joinville Cleber Gomes/Agencia RBS
Foto: Cleber Gomes / Agencia RBS


Um grupo de mães esteve nesta segunda-feira na Maternidade Darcy Vargas, emJoinville, para cobrar esclarecimentos da direção da instituição. Elas queriam explicações sobre a morte de bebês recém-nascidos no local.

A dona de casa Dieni Koch, que perdeu a filha há cerca de uma semana, é uma delas. Dieni diz que a maternidade diagnosticou um problema de coração na sua filha, medicou e depois a encaminhou para outro hospital, onde faleceu. Segundo a mãe, a maternidade errou no diagnóstico.

— Eles diagnosticaram um problema que ela não tinha. Na hora do nascimento, ela aspirou o líquido da bolsa e só precisava de oxigênio — lembra.

A recepcionista Marcela de Castro Lopes viveu problema igual. Perdeu um filho há 5 anos e outro há cerca de três meses. Segundo ela, um dos filhos teve o intestino perfurado por uma sonda e o outro teria nascido morto na maternidade.

— Eu vinha pra cá e me mandavam embora. Fiz isso umas cinco vezes, só diziam para eu esperar até a data que eles achavam que era para o bebê nascer. Na verdade, passou do tempo, perdi sangue, perdi líquido e disseram que era normal, sendo que (o feto) estava morto dentro de mim — relata.

A repositora Maria Genir Brun também passou por esse drama. Em frente à maternidade, ela mostrava a foto do neto que, segundo ela, estava entre a vida e a morte. De acordo com Maria, sua filha não tinha condições de fazer parto normal, mas foi induzida pelo corpo médico e permaneceu em trabalho de parto por 19 horas.

— Ela passou esse tempo todo sofrendo. Agora a criança está lá, parece morta.
Entre as mulheres também havia um pai, que preferiu não se identificar para a reportagem. Ele afirmou que existe falta de médicos nos plantões da maternidade, e que os partos, muitas vezes, são feitos por enfermeiros.

O diretor da Darcy Vargas, Fernando Marques Pereira, diz que os partos normais seguem um protocolo.

— Sempre que o trabalho de parto não está dando certo, há a indicação de se interromper a gravidez ou induzir o parto para não haver riscos. Existem protocolos para serem seguidos. Quando se faz essa indução e (o trabalho de parto) não evolui o esperado, indicamos a cesariana.

Pereira negou que esteja faltando médicos na maternidade.

— Temos uma equipe multifuncional a postos na maternidade, médicos e enfermeiros obstétricos. Quando fizemos os partos, sempre temos médicos na casa. Não existe falta de médicos, mas há casos em que a enfermeira obstétrica pode realizar o parto sob a supervisão de uma equipe e responsabilidade de um médico.


Mães estão revoltadas com a morte de pelo menos dez bebês na Maternidade Darcy Vargas em Joinville

10 de março de 2014 - 14:07 - Saúde - Joinville

Famílias acusam unidade de negligência, mas direção da maternidade afirma que número de mortes está dentro de uma estatística considerada baixa de mortalidade



Mães e familiares estão revoltados com o atendimento da Maternidade Darcy Vargas em Joinville. Segundo eles, pelo menos dez bebês teriam morrido na unidade, nos últimos dias, devido à negligências. Mães alegam que os partos estariam sendo realizados após o prazo previsto durante o pré-natal, e estariam sendo realizados de forma induzida, para evitar a realização de cesarianas. Segundo o diretor da maternidade, os médicos é que devem autorizar a realização de cesarianas, quando necessário, e diz que os casos destas mães estão dentro de uma estatística considerada baixa de índices de mortalidade.

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